quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dois ponto Zero discute estratégias de comunicação e marketing


Os palestrantes da noite, Roberto de Araújo Loureiro, Virgínio Sanches, Walter Romano e Vinicíus Pereira têm em comum a mesma visão sobre a comunicação digital: ela chegou para ficar e desempenha, atualmente, um desafio no planejamento da comunicação empresarial.

Para Roberto de Araújo Loureiro, gerente de redes sociais da Tecnisa, as empresas precisam ter uma cultura de mudança. E, atualmente, isso significa que as empresas têm de estar preparadas para adotar várias mídias sociais como estratégia de comunicação e relacionamento com o consumidor. Quanto mais formas de contato a empresa disponibiliza, maiores chances têm de ser "encontrada" pelo cliente. A Tecnisa, por exemplo, adota multiplataformas de comunicação, como twitter, blog, página no You Tube, flickr, SMS, utilizadas para potencializar o produto Tecnisa. Por exemplo, depois de pesquisar um apartamento no site da Tecnisa e verificar o preço do imóvel, o cliente em potencial pode receber, via celular, o endereço do imóvel selecionado. Se quiser, o cliente pode ainda, utilizando o Google Maps, visualizar a região do imóvel e pesquisar que serviços a região oferece. Trabalhando o conteúdo em várias mídias, a Tecnisa consegue uma grande visibilidade na web, sendo facilmente "encontrada" com uma rápida busca no Google.

Virgínio Sanches, Superintendente de Comunicação e Sustentabilidade da Unimed, apresentou como o SMS está sendo utilizado na comunicação de marca da Unimed-Rio. Virgínio destacou algumas vantagens para o uso dessa ferramenta: baixo custo operacional e redução de demanda de atendimento no contact center, além de, efetivamente, atingir o público-alvo. No entanto, a Unimed, que já conta com 4.000 mensagens/mês, somente envia SMS com autorização do público (cooperado, cliente) - mesmo assim, o retorno já superou os investimentos iniciais.

Segundo Walter Romano, responsável pelo planejamento de comunicação digital da Petrobras, com as mídias sociais, a empresa não tem mais domínio sobre a marca. Ele citou, por exemplo, uma banda dinamarquesa chamada PB, que foi "encontrada" em uma pesquisa realizada no Facebook. Não se descobriu ainda o que motivou a banda a se chamar PB e adotar uma identidade visual parecida com a Petrobras, se não há nenhum brasileiro no grupo. Para Walter, as mídias sociais devem criar um vínculo emocional com a marca. Por isso, a Petrobras adota estratégias para fortalecer a marca, a exemplo do Blog de Minas, que foi durante um ano, alimentado por 12 blogueiros mineiros - afinal, se o blog se define como "de mineiros para mineiros", ninguém melhor que os mineiros para estabelecer esse vínculo Minas-Petrobras, gerando envolvimento, fortalecendo a marca Petrobras. Outra estratégia para criar esse vínculo é através de campanhas colaborativas, como "Pegue o jingle da Petrobras e crie sua campanha" e "Se a Petrobras fosse um filme, como seria o trailer?"

O último palestrante, Vinícius Pereira, professor da UERJ e ESPM e jornalista, sinalizou que há dificuldade, no momento, em delimitar as fronteiras dos meios tradicionais e digitais. Então, estudar os ambientes midiáticos e analisá-los passou a ser fundamental para se entender a lógica digital, como a do viral (exemplo citados Ray-ban e Levis). Para ele, a web 2.0 exige uma reformulação dos currículos de comunicação social para que se tornem mais adequados a essa nova forma de fazer jornalismo, relações públicas e publicidade.

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